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7 filmes tão brutais quanto O Poço para ver na Netflix



 Com títulos para todos os gostos, o catálogo da Netflix surpreende por sua variedade de conteúdo. Da comédia ao terror, a plataforma investe em filmes com finais surpreendentes e reviravoltas bombásticas, como o polêmico O Poço.



O filme espanhol conquistou o público por sua trama criativa, metáforas sobre a sociedade e final impactante.


Confira abaixo filmes similares na Netflix para assistir se você gostou de O Poço!



Um Contratempo

Um Contratempo é um filme espanhol que conquistou o público brasileiro da Netflix por sua agilidade narrativa e intensas reviravoltas. O filme conta a história de Adrian, um homem que desperta em um hotel e encontra sua amante morta e coberta de dinheiro. Ele conta com a ajuda de uma advogada para descobrir o que realmente aconteceu.


Joias Brutas

Joias Brutas definitivamente não é um típico filme de Adam Sandler. O filme estreou na Netflix e conquistou fãs no mundo inteiro, que protestaram quando Sandler não foi indicado ao Oscar de Melhor Ator. Joias Brutas conta a história do dono de uma modesta casa de joias, que conta com uma gema especial como a única alternativa para evitar a falência. O protagonista se envolve em um mundo extremamente perigoso, e o final do filme deixou espectadores de boca aberta.


Corra!

Corra! foi lançado originalmente em 2017 e se tornou um dos filmes mais elogiados do ano. Como é um filme de terror, a obra de Jordan Peele conseguiu um feito incrível: ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original. Corra! foi disponibilizado na Netflix no final do ano passado. Unindo terror, comédia e uma impactante crítica social, o filme conta a história de Chris, um jovem negro que embarca em uma viagem para conhecer os pais de sua namorada branca. O que deveria ser uma visita cordial se transforma em um verdadeiro espiral de loucura, reviravoltas e cenas impressionantes. O filme é um prato cheio até para quem não gosta de terror.


A Casa

O filme dirigido por David e Alex Pastor conta a história de Javier Muñoz, um executivo e publicitário que perde tudo e é obrigado a se mudar de sua mansão para um bairro humilde de Barcelona. Sem a família saber, o protagonista passa seus dias criando um obsessivo e cruel plano de vingança contra Tomás, o responsável pela derrocada de sua carreira. Ou pelo menos, quem ele acredita ser o responsável por sua queda.


Entre Realidades

Lançado na Netflix, Entre Realidades traz a irreverente atriz Alison Brie em um papel dramático e perturbador. No filme, Brie interpreta Sarah uma jovem que trabalha em uma loja de tecidos e começa a experimentar paranoia e loucura crescentes. Embarcando em uma jornada por respostas, a protagonista descobre que nada é o que parece. Para quem gosta de filmes intrigantes, Entre Realidades é uma ótima opção.


Velvet Buzzsaw

Velvet Buzzsaw é um inteligente e criativo thriller ambientado no mundo da arte moderna e dos negócios milionários que regem o mercado. Trabalhando com temas como ego, vaidade e o sentido da produção artística, o longa conta uma história bizarra que não se parece com nada já feito antes. Com um final extremamente ambíguo, o filme dividiu a opinião dos fãs. Velvet Buzzsaw é protagonizado por Jake Gyllenhaal e conta com participação especial de Toni Collette.


Grave

Na época de sua exibição em cinemas franceses, Grave fez pessoas passarem mal e abandonarem sessões. Grave é uma reflexão violenta e impactante sobre o poder destrutivo e potencial para violência dos seres humanos. O filme conta a história de Justine, uma jovem tímida e vegetariana, obrigada a comer carne animal (crua) pela primeira vez em um trote de sua faculdade de veterinária. Após a experiência traumática, a protagonista passa por mudanças extremas em uma história de violência explícita e impactantes cenas sangrentas.


Fonte: https: Observatório do Cinema

Ainda não viu O Poço? Você está perdendo um dos filmes mais insanos da Netflix



O Poço está fazendo o maior sucesso sucesso com o público da Netflix por sua trama criativa e repleta de críticas sociais, metáforas e cenas impactantes.


O Poço

O Poço é um filme espanhol que estreou na Netflix com uma história criativa e intrigante. O longa é ambientado em uma prisão vertical, na qual os prisioneiros das celas mais altas são alimentados enquanto os outros passam fome.

O filme foi altamente elogiado por seu final impactante e sólida crítica social.
Dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, o filme foi indicado ao prêmio Goya, um dos mais importantes do cinema espanhol.

O Poço fez grande sucesso com público e crítica. No Rotten Tomatoes, o filme cravou a impressionante marca de 83% de aprovação.

O motivo

De acordo com o site, O Poço fez tanto sucesso devido à sua importante crítica social.

Muitas pessoas enxergaram o filme como uma metáfora ou alegoria sobre o sistema capitalista, a luta de classes e até mesmo a epidemia do coronavírus.

A Netflix descreve o filme como “uma alegoria sobre o lado mais faminto e obscuro da sociedade”.



Muita gente usou as redes sociais para elogiar a trama do filme.

“Não acredito que O Poço tem só uma hora e meia de duração. Pareciam 2 ou 3 horas de cenas pesadas, nojentas e dolorosas. Assistir é uma verdadeira tortura, mas você não consegue desviar o olhar”, afirmou um internauta.

Veja 9 séries da Netflix são encerradas após rejeição dos fãs



Nos últimos tempos, a Netflix vem apresentando uma tendência preocupante: o cancelamento inesperado e precoce de várias séries queridas por público e crítica. Embora seja difícil analisar as métricas de audiência de uma plataforma de streaming, essa é a justificativa que a empresa apresenta para o corte de diversas produções.

Muitos desses cancelamentos causaram verdadeira revolta em fãs, que criaram campanhas para o retorno das séries, organizaram movimentos em redes sociais e até mesmo deixaram de assinar o serviço.

Confira abaixo os cancelamentos mais recentes da Netflix que revoltaram fãs e críticos!

Tuca & Bertie


A animação Tuca & Bertie estreou neste ano e logo conquistou o coração dos críticos. A série foi elogiada por seu estilo surreal de animação e tom moderno e sensível. A comédia acompanhava a história de duas amigas com corpos de mulheres e cabeças de pássaros que dividem um apartamento em uma grande cidade. Com um humor que mistura Broad City e BoJack Horsemen, a série foi considerada uma das melhores de 2019 e alcançou a marca de 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. A aclamação crítica, no entanto, não foi suficiente para salvar a série do cancelamento, segundo a Netflix por motivos de audiência.

The Get Down


Produzida por Baz Luhrmann (Moulin Rouge), The Get Down trazia uma trama criativa sobre o surgimento e ascensão do rap e hip-hop no Bronx dos anos 70. A série contava com uma trilha sonora eletrizante, fotografia incrível, atuações sólidas e enredo cativante. No entanto, a temática não fez muito sucesso com grande parte da audiência da plataforma. Além disso, a série foi uma das mais caras da Netflix, exigindo milhões em seu orçamento. Por causa desse custo, The Get Down foi cancelada e teve apenas uma temporada, dividida em duas partes.


Séries da Marvel


A Netflix surpreendeu fãs de heróis ao cancelar todas as suas séries da Marvel no ano passado. A onda de cancelamentos começou com Punho de Ferro, que não havia agradado público e críticos. Depois, a surpresa veio com o fim antecipado de Luke Cage, Demolidor, O Justiceiro e finalmente Jessica Jones. Pior ainda, os personagens não podem nem serem transferidos para o MCU. O contrato da plataforma com a Marvel impede que os heróis da Netflix apareçam em qualquer obra televisiva ou cinematográfica anos após os cancelamentos.


Santa Clarita Diet


Protagonizada por Drew Barrymore, Santa Clarita Diet era uma ótima opção para fãs de humor gráfico, piadas pesadas e filmes trash. A comédia obscura acompanhava a história de uma corretora de imagens que é infectada por uma doença misteriosa, morre e retorna como zumbi, mantendo sua sanidade e bom humor. A série até durou muito para padrões da Netflix: três temporadas. Porém, seu cancelamento causou revolta nos fãs pois a terceira temporada termina com um gancho que seria trabalhado nos próximos episódios.


One Day at a Time


O cancelamento de One Day at a Time causou uma verdadeira onda de reclamações e protestos nas redes sociais. A sitcom era extremamente elogiada pela crítica, e vista como um passo positivo para a representatividade e diversidade nas séries da plataforma. Contando com a presença da lendária Rita Moreno (Amor, Sublime Amor), One Day at a Time não contava com um grande custo de produção e parecia ressonar com muitos fãs. Por isso, o anúncio do cancelamento por baixa audiência partiu o coração de muitos espectadores. Para a alegria dos fãs, a sitcom foi salva pela pequena emissora PopTV, e deve ganhar uma nova temporada em breve.

Sense8


Sense8 talvez foi a primeira indicação da inflexibilidade da Netflix em relação ao cancelamento de suas séries. A primeira temporada da série das irmãs Wachowski foi lançada em 2015, e acumulou elogio dos críticos por seu elenco multinacional, representatividade LGBTQ, fotografia e condução da trama. A série contou também com um especial de Natal, lançado em 2016 e uma segunda temporada em 2017. Porém, logo após o lançamento do episódio especial, a Netflix anunciou o cancelamento da série, para ira dos fãs, já que a segunda temporada havia terminado com um gancho para os próximos episódios. Após a reação negativa dos fãs, a plataforma decidiu produzir um último episódio, lançado em 2018, com a conclusão definitiva da trama.


Vândalo Americano


Vândalo Americano contava com uma premissa extremamente criativa e execução ainda mais competente. A série é uma paródia de documentários do estilo “true crime”, que abordam crimes das vida real. No entanto, os “crimes” mostrados nas série são apenas travessuras juvenis tratadas com a maior seriedade possível. Na primeira temporada, o tema era a misteriosa identidade de um estudante que desenhou pênis em todos os carros estacionados em sua escola. Infelizmente, por baixa audiência, Vândalo Americano foi cancelada após duas temporadas.

Everything Sucks


O cancelamento de Everything Sucks foi com certeza uma surpresa para fãs e críticos. A série acompanhava um grupo de adolescentes lidando com temas de crescimento, sexualidade e saúde mental na pequena cidade de Boring, Oregon nos anos 90. A produção foi extremamente elogiadas por seu humor sutil e tom sensível, porém a toda essa sutileza não foi suficiente para a produção de uma segunda temporada. A Netflix cancelou a série após a exibição de seus 10 primeiros episódios.

The OA


The OA era uma das séries mais elogiadas da Netflix, principalmente por sua trama criativa, reflexões profundas sobre temas filosóficos e magnífica fotografia e design de produção. Por isso, fãs não acreditaram quando a plataforma decidiu cancelar a série após apenas 2 temporadas. Alguns acharam que era uma pegadinha ou ação de marketing para uma terceira temporada. Outros, criaram petições e cancelaram suas assinaturas da Netflix. Um fã chegou a fazer greve de fome. Como justificativa para o cancelamento, a Netflix citou tanto o alto custo de produção quanto a baixa audiência. Infelizmente, a segunda temporada acabou com uma reviravolta imprevisível, e mistérios que provavelmente nunca serão respondidos.

Essa publicação tem como fonte original: Observatório do Cinema

Crítica: O Irlandês, filme de Martin Scorsese - Uma obra prima ÉPICA


Depois de muita espera, O Irlandês finalmente começou a ser exibido nos cinemas brasileiros. O longa, dirigido por Martin Scorsese para a Netflix, entra no streaming no dia 27 de novembro. No entanto, ganhou exibições especiais em vários cinemas do país.

E, de fato, este é um filme para ser assistido na tela grande. Com um grande orçamento e três astros de primeira grandeza no elenco, O Irlandês é o tipo de filme que vai acabar entrando para a história do Cinema como um todo. É, de longe, o melhor filme de Scorsese em muitos anos, reacende as carreiras de Robert de Niro, Al Pacino e Joe Pesci e traz uma experiência impressionante para o espectador.

 O filme conta a história de Frank Sheeran, interpretado por Robert de Niro, que é um combatente na Segunda Guerra Mundial que acaba se tornando motorista de caminhão. Por meio de alguns contatos, acaba conhecendo o mafioso Russell Buffalino, papel de Joe Pesci.

O educado e comedido homem “de negócios” entrega a Frank alguns trabalhos extras que ele faz com eficiência e gosto. Acaba, então, caindo nas graças de Jimmy Hoffa, feito no filme por Al Pacino. Ele é o maior líder de sindicato dos Estados Unidos, e Frank acaba se tornando o braço direito do político. Quando os dois mundos começam a colidir, Frank precisa tomar uma decisão sobre a qual lado ser leal.

 Não dá para descrever O Irlandês de outra forma que não seja obra-prima. O filme, que tem três horas e meia, é um épico que abrange seis décadas da história americana, e acompanha os personagens que se desenvolvem com desenvoltura diante de nossos olhos. É, de fato, impressionante.

Fonte: CenaPop

Crítica | Cascavel Filme – Vale a pena? É bom?


Todo mundo sabe que mês de outubro é o mês do terror. É como se toda cultura pop deste período convergisse para o último dia de outubro quando é celebrado o Halloween, a festa das bruxas. As lojas de fantasias faturam alto, vendem-se mais produtos de maquilagem – especialmente muito sangue falso para representações de zumbis ou serial killers – , as casas noturnas da cidade produzem festas temáticas que enchem os olhos dos que se sentem atraídos pelo macabro e grotesco, e tantas outras coisas.


No cinema, é mais simples, lançam-se filmes ao longo do mês para os aficionados do gênero, ou mesmo aqueles que possuem aquela boa curiosidade mórbida de se assustarem ou sentir-se enojados com figuras sombrias e violentas. O pilar do cinema de suspense Alfred Hitchcock já tinha cantado a carta décadas atrás, quando disse que o público geral adora se assustar e gritar na poltrona do cinema, pois se sentem estimulados pelas faces do horror do ser humano.

Pois bem, se nas salas exibidoras, tivemos O Clube dos Canibais, Morto Não Fala, Zumbilândia: Atire Duas Vezes, e Os 3 Infernais; na Netflix também houveram algumas produções, como o ridículo Campo do Medo, o presumível Fratura, o peculiar Contato Visceral e o surpreendente Eli. Agora, mais um a se juntar ao grupo.


Cascavel, escrito e dirigido por Zak Hilditch acompanha a viagem de uma mãe solteira e sua filha pequena que percorrem pelas rodovias em busca de um novo início em suas vidas. Quando o carro tem um de seus pneus furado na estrada, Katrina para no acostamento para fazer os reparos e seguir sua viagem, porém, a menina enquanto brincava acabou sendo picado por uma cobra do tipo cascavel. A mãe consegue ajuda de uma estranha que mora em um trailer ao lado da via pavimentada. Quando se dá conta, sua menina se encontra febril, mas as marcas das presas da cobra sumiram de sua perna. Ainda assim, a mãe leva sua garotinha até o hospital na cidade mais próxima para tratá-la com mais segurança. Lá, descobre que o salvamento de sua filha, deixou-a em dívida com alguma entidade maligna. Assim, Katrina terá agora que encontrar uma maneira de pagar pela vida que foi salva.

Para os amantes do futebol: sabe quando o time têm ótimos jogadores, realmente habilidosos, e ainda assim, quando entram em campo, percebe-se que não dá liga, e que mais parecem um bando que um grupo treinado?! Sabem?

Então, é isso o que se pode dizer do longa elaborado por Zak Hilditch, possui os ingredientes certos, mas a execução é problemática.

O diretor australiano entregou com Cascavel, seu segundo projeto para a provedora mundial via streaming. Uma vez que dois anos atrás, fez 1922 estrelado por Thomas Jane, baseado em um conto de Stephen King. De fácil percepção pegar que o australiano se inspira muito no autor americano em seu trabalho. Já que, mesmo sua mais recente obra – disponível ao assinante Netflix – que é de autoria própria, lembra muito o estilo do renomado autor de histórias assustadoras.

Mas, ficou só na inspiração mesmo, dado que a trama de Hilditch acerta e erra, erra e acerta, e se mantêm assim por todos os atos do filme.

A climatização é boa, pois suga de um dos subgêneros mais sedutores da literatura americana, chamado de ‘southern gothic’ – no traduzido, gótico sulista. Desta maneira, situa-se na parte sul dos Estados Unidos, rodeado de personagens profundamente falhos, perturbados e excêntricos em seu jeito de ser; em cenários abandonados ou isolados envoltos por um ar sinistro e hostil de pobreza, crime e violência.

Se o ambiente era correto, só acertar o desempenho. Pois, é aí onde Cascavel deixa a peteca cair, muitas vezes. Por duas vias: primeiro, a falta de vibração (ou tensão) em muitas cenas onde deveria haver tal carga dramática, e também não ajuda muito o fato de Zak Hilditch errar no ‘timing’ do que poderiam ser alguns momentos de susto, ou mesmo, do tipo incômodos nesta obra; e o segundo, a protagonista Carmen Ejogo, que é convincente como uma mãe cuidadosa, mas desmotivada em todo o resto.


A performance da atriz nos distancia de qualquer sensação mais forte em Cascavel. Mesmo quando o enredo gradualmente vai ficando mais intrincado, fica a impressão de que o horror da personagem se encontra alguns andares abaixo do que o material pretendia.

E, mesmo a parte final da história sofre desta desigualdade, de modo que compreendemos a intenção definitiva do roteiro em apresentar o que é uma vida de remorso, onde sempre olhamos no retrovisor – algo inclusive, levemente eastwoodiano – , seja para onde formos ou estamos. Todavia, para sentir tamanha agonia, usa-se de um ‘Deus ex machina’ dos mais mequetrefes que pode haver, longe daqueles mais apropriados, como em Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros de Steven Spielberg, ou Adaptação de Spike Jonze; e, lamentavelmente mais próximo dos usados em Star Wars – Os Últimos Jedi de Rian Johnson.

Isto acaba anulando quase que toda a densidade pretendida, pois soa falso e manipulador demais no momento de catarse.

Em resumo, Cascavel não é muito mais do que uma cobra aleatória que se encontra pelo caminho. Veja aonde pisa!


Cascavel

RESUMO DA CRÍTICA

Nova produção Netflix têm os ingredientes certos, mas a receita errada, fazendo da obra algo irregular, com acertos e erros.

Fonte: Observatório do Cinema

Crítica | Eli – Novo filme de terror da Netflix. – Vale a pena?


Vez ou outra, vasculhando pelo cardápio da Netflix, acabamos encontrando algumas jóias raras. Mais surpreendente ainda, quando estas são produções de orçamento enxuto, como por exemplo: I Am Mother, The Perfection ou Estrada Sem Lei, só para citar alguns.

 Felizmente, o longa de terror sobrenatural Eli se junta a este seleto grupo de jóias preciosas da provedora mundial via streaming, mas fica o aviso: esta obra é, exclusivamente, cinema de nicho. Desta maneira, talvez só aqueles mais ávidos e fanáticos pelo gênero de terror – e suas peculiaridades distorcidas – irão sentir e se divertir muito nesta jornada cheia de deflexões e contrapontos no filme de Ciarán Foy. Detalhe: regada à cruzes invertidas, espíritos, jump scares e uma criança sofrendo de uma doença grave.

Eli conta a história de um garoto que possui uma doença autoimune que ataca sempre que se encontra exposto ao mundo externo. Sua pele começa a ficar extremamente avermelhada, machucando-o com queimaduras. Seus pais Rose e Paul, fazem de tudo para tentar curar seu filho desta condição horrível. Agora, eles depositam sua fé nas mãos de uma doutora que usa de tratamentos experimentais fora do comum para finalmente poder ajudar Eli. Mas, enquanto o menino passa pelo novo tratamento, começa a ser assombrado por experiências estranhas que o fazem questionar quem ele pode confiar de verdade.

Não dá para fugir do óbvio nesta obra de Ciarán Foy. Seu projeto da Netflix é um enorme pot-pourri macabro. Por pelo menos 2/3 do filme, será possível reconhecer elementos de tantos outros filmes de terror já vistos e revistos.

Então, qual é o diferencial aqui em relação a outros do mesmo tipo? Resposta: Visualmente, não há diferença; na forma narrativa, também não há. Todavia, o cineasta de nacionalidade irlandesa que é, claramente, um entusiasta do horror – já que seus dois longas anteriores, Citadel (2012) e A Entidade 2 (2015) também são do mesmo estilo – sabe confundir, ao mesmo que manter o assinante engajado na trama.

E como ele faz isso? Simples. Sendo preciso no ‘timing’ destas cenas do tipo sobrenatural – mesmo aquelas onde exagera um pouco mais com repetições – , e principalmente, na maneira como manipula o enredo, levando o espectador a sempre duvidar do que está vendo, ou até do que virá adiante. A única coisa definitiva em Eli, é a atuação do jovem ator Charlie Shotwell, que em 2016 brilhou como um dos filhos de Viggo Mortensen no emocionante Capitão Fantástico.

A princípio parecia que a performance de Shotwell se resumiria a algo mais vigoroso, tão somente. Contudo, o jovem ator acabou por entregar muito além da encomenda, vide os quarenta minutos da parte final do filme da Netflix. Natural perceber que o menino está muito à vontade em cena – algo essencial, especialmente nos chocantes e derradeiros momentos desta história.

Sabendo que elogiar o ator mirim significa engrandecer o trabalho de Foy, é preciso comentar a habilidade do cineasta de transferir os pesos do texto elaborado pelo trio David Chirchirillo, Ian Goldberg e Richard Naing sem soltar o fio narrativo, ou perder a vibração das cenas. Fora a manha de fazer o observador acreditar que está vendo por uma perspectiva, mas que pode ser outra, ou até uma segunda perspectiva diferente.

Exemplo: em determinado momento bem na parte central de Eli, começamos a cogitar a possibilidade de que o problema não é o garoto, mas seus pais que demonstram certo distanciamento entre si, que pode ter afetado algo na condição física e mental do próprio filho. Extraordinária é a cena onde estão no mesmo plano, pais e criança na cama, sendo que na realidade se encontram em quartos separados.

Outro acerto no enredo de Eli, vem pela elaboração de um ótimo contraponto – elemento ausente no fraco e previsível Coringa – ao aprisionamento do garoto na mansão onde acontece seu tratamento: Haley, a garotinha ruiva do lado de fora, que é interpretada por Sadie Sink, a Max Mayfield de Stranger Things. Esta personagem é o maior ponto de interrogação do filme de Ciarán Foy. Apenas nos minutos finais será revelado quem é Haley.

No caroço de Eli encontra-se a temática da obra: o bem contra o mal. Clichê, não?! Talvez na série de filmes Transformers, mas não aqui! No longa da Netflix, bem significa prisão, segurança e sacrifício; já o mal representa o livre-arbítrio e emancipação. Certamente, Ciarán Foy e os roteiristas buscaram conhecer os trabalhos de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã e autor da Bíblia Satânica para tornar Eli algo tão indulgentemente atraente.


Eli

RESUMO DA CRÍTICA

Nova produção de terror da Netflix fará ávidos do gênero regozijar de prazer, mesmo usando de elementos já muito familiares.

Fonte: Observatório do Cinema

Os lançamentos da Netflix desta semana (11 a 17/11)



Todas as semanas, a Netflix adiciona novas filmes e séries ao catálogo, oferecendo sempre novas opções de conteúdo para seus assinantes, e é sempre bom saber o que vem por aí no serviço. Por causa disso, o Olhar Digital selecionou as principais estreias previstas para os próximos dias na plataforma de streaming.

A premiada série dramática The Crown retorna para a terceira temporada, seguindo as políticas, rivalidades e relacionamentos da Elizabeth II, e os eventos que fizeram história. A nova temporada mostra acontecimentos a partir de 1964, incluindo a ascensão dos Beatles e a conquista da Copa do Mundo de 1966 pela Inglaterra.

Outro destaque é a série documental Maradona no México, que narra a passagem do ídolo argentino pelo Dorados de Sinaloa, um clube de futebol de uma região que é considerada o coração de um dos maiores carteis de droga do México. Lá, Diego Maradona tenta salvar tanto o time quanto a si mesmo.

Por fim, a animação Klaus tem tudo para agradar a família inteira. Em uma espécie de “origem do Papai Noel”, a produção mostra como um carteiro egoísta e um fabricante de brinquedos solitário cultivam uma amizade improvável e levam alegria a uma cidade fria e sombria.

Confira abaixo os principais lançamentos de séries, filmes e especiais marcados para os próximos dias na Netflix:

Séries

Chefe de Gabinete – temporada 2 (11/11)
Nada ao Redor – temporada 1 (14/11)
El Club – temporada 1 (15/11)
The Crown – temporada 3 (17/11)

Filmes

Pássaro do Oriente (15/11)
Preso em Casa (15/11)

Infantil

Garotas Harvey para sempre!: As Aventuras das Harvey Street – temporada 3 (12/11)
Go! Festa Inesquecível (15/11)
Klaus (15/11)
Lhama Lhama – temporada 2 (15/11)

Documentários e especiais

Jeff Garlin: Our Man In Chicago (12/11)
Maradona no México (13/11)

Essa publicação tem como fonte original: Olhar Digital

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